quinta-feira, 5 de junho de 2008

Apresentação de Vera Faria Leal no Lançamento do livro "A Ilusão da Minha Culpa"


A ILUSAO DA MINHA CULPA

O guia que todos nós procuramos para a sincronicidade interior

Julieta Vieira

Apresentação de Vera Faria Leal – Oeiras, 24 Maio 2008-05-26

Eu estou absolutamente encantada e muito grata a Deus, pelo dom da pessoa da J. Na minha vida. Ela é uma irmã espiritual com uma energia especial de mãe, que desde há una anos, me tem abençoado com o melhor de si mesma. Obrigado Julieta.
O livro da J. é como um coração de criança aberto: ele recebe tudo, tudo acolhe e sustenta. O livro da Julieta, é um hino ao Amor. Lê-lo, faz-nos viajar para os tempos da infância, onde a vida até pode ter sido difícil, mas era sempre mágica.
Ao ler o seu livro ocorreram-me as palavras de Jesus: se não forem como crianças, não entrareis no reino dos céus. O reino da Paz e do amor supremos.

O que eu senti a ler o livro da J…. foi o abrir do meu coração, suave e docemente com uma rosa cor-de-rosa a abrir, pétala a pétala.

Ela traz-nos de volta para o que é essencial, de uma forma simples, que se torna perfeita.

A J. convida-nos aqui a entrar no seu templo interno. Descobrimos, rápida e naturalmente, que as questões da sua alma são as questões da nossa alma, da alma de todos nós. É com grande humildade e abertura de coração que ela se nos revela neste livro que é como que a antecâmara do santuário da sua alma. Quando entrarem neste livro, lembrem-se de que estão a entrar na antecâmara do santuário da alma da Julieta. Façam-no com reverência e com o coração aberto

A Julieta conduz-nos até à entrada do santuário – acredito que o interior do templo da alma é absolutamente privado, é o âmago de cada um de nós – e conduz-nos com uma doçura que releva a autenticidade que conquistou.
Considero que tal grau de entrega e pacificação, é possível porque a Julieta tem sabido dizer SIM ás sucessivas iniciações que as encruzilhadas da sua vida representam e tornou-se numa mística fora do mosteiro. Uma mística fora do mosteiro.
Ela revela uma consciência de quem despertou para o sentido profundo da vida através de um caminho de verdade.

Por caminho de verdade, quero significar o caminho de Luz onde temos que enfrentar a sombra – em que enfrentamos as nossas dores, angústias, revoltas, vazios, medos culpas e solidões profundas.

O caminho da verdade humana que, apela a uma crucificação, ou seja à nossa rendição à vida ( fazer o gesto de rendição que abre o chakra do coração, centro do eixo da cruz – nos faz transcender o ego e chegar gradualmente à iluminação. Mas para chegarmos ou irmos chegando lá, precisamos aprender a lidar com o caos nas nossas vidas.
Umas palavras sobre o caos, que achamos que não é suposto acontecer nas nossas vidas. Ai não, então porque é que acontecem coisas más às pessoas boas…..? desenvolver….

Caos é o nome para a uma das 3 faces de Deus: deus criador, Pai ou Bhrama, 2º Deus mantenedor, sustentador da vida. O Filho, ou Vishnu; 3º Deus transformador, O Espírito Santo, ou Shiva, ou o caos que trará uma nova ordem. O livro da J. É pois, uma divina inspiração que contem em si, os 3 aspectos da divindade, que já referi. Fala-nos dos 3 actos do divino, a trindade na tradição cristã: Pai, Filho, Espírito Santo e a trimurti na tradição hindu: Bhrama, a força da criação da vida, neste caso, de a criação de uma nova consciência na humanidade; Vishnu, a força de manutenção da vida: a pratica das virtudes espirituais que mantém e sustentam a vivência do Amor no nosso quotidiano, e Shiva, a destruição/transformação que muitas vezes associamos com o caos mas que nada mais é do que uma face de Deus a trazer-nos renovação e mudança. Ela fala-nos desta transformação quando nos exorta a amar a nossa dor, o nosso desgosto, e a aceitarmos a orientação interna que recebemos mas da qual tantas vezes fugimos porque temos medo que o que vamos ouvir toque uma área demasiado sensível da nossa vida. Pedimos a Deus: dá-me orientação, mas quando ela vem, fugimos dela dizendo: ai, não, não posso mexer como meu casamento. Não, não posso mudar agora de vida. Não, não posso ser tão ousada. Não, não quero viver essa perda, etc. etc.

Todos nós temos estratégias para fazer o caos acontecer nas nossas vidas quando estamos perante uma verdade que não conseguimos suportar, por exemplo e também estratégias de fuga do caos. E o que é o caos senão as doenças, as perdas, as invejas, os ciúmes, isto que o outro tem mais sucessos do que eu, eu devo estar errado ou não ser suficiente bom para chegar lá! …. De tudo isto a Julieta nos fala no seu livro, dando provas de uma maturidade espiritual que quero deixar aqui assinalada.

A Ilusão da Minha Culpa! – A culpa sempre o disse, é pior sabotador. Talvez o equívoco mais insidioso: um curso em milagres compara a nossa culpa, ao maior pecado, no sentido em que ela foi gerada quando o homem se “viu”, se percebeu separado de Deus.

A Ilusão da Culpa surgiu da ilusão de que estamos separados de Deus. Uma lição profunda de humildade, num tempo em que o orgulho domina.

Vivemos tempos de viragem em que o ego humano construiu uma civilização desalmada: estar desalmado é estar dissociado da alma, divido, espartilhado entre diferentes lealdades. A quem devemos prestar lealdade? Ao amor ou ao medo? Ao ler o livro da Julieta, a todo o instante me lembro da frase bíblica: o perfeito amor lança fora todo o temor, o perfeito amor lança fora todo o temor. Só há o amor ou o medo, sendo que o medo, é a ausência do amor, diz um curso em milagres. A IDMC fala-nos a todo o instante de necessidade de corrigirmos a nossa percepção escolhendo em qualquer circunstância da nossa vida, o Amor.

Como amarmo-nos mais? O livro da J. Está cheio de ensinamentos: rende-te ao Amor, depõe as tuas armas até que estejas preparado para receber mais Amor.
Pedimos amor, mas nem fazemos ideia que não o sabemos receber: quando o amor vem sob a forma de uma crítica bem intencionada, uma observação que nos ajuda ao auto-aprimoramento, tendemos muitas vezes a rechaçá-la com o nosso melindre que não é mais do que orgulho disfarçado.

Por outro lado, quando o amor vem bem embrulhado, carinhoso e solícito, quantas vezes o negamos? Por medo de parecermos fracos, piegas, inadequados ou inferiores. Quantas vezes negamos o amor que pensávamos que queríamos?

Uma advertência importante nos deixa a Julieta: o deixarmos de olhar para o caminho do outro: SEGUE O TEU PROPRIO CAMINHO. OLHA PARA O TEU PROPRIO CAMINHO: esta é uma das maiores chaves de prosperidade que eu conheço. Mas isto é muitas vezes difícil: olhar para o nosso próprio caminho, porque a nossa criança interna ocupa-se muitas vezes dos outros porque quer secretamente receber amor para alimentar a sua carência e vazio. Olhar para o nosso caminho implica o discernimento – que é sabedoria – de saber distinguir entre quando é que é para ajudar activamente alguém e quando é para ajudar passivamente alguém. Como a Julieta diz, ajudar com o respeito pelo destino do outro, enviando-lhe luz e amor. Enviando-lhe os nossos melhores pensamentos, mas sem interferir directamente no nosso próprio destino. A J. alerta-nos para esta verdade: sermos solidários com os nossos irmãos, mas saber que não podemos ajudar quem não quer ser ajudado.

A J. ensina e recorda o valor do silêncio; a necessidade de não tentarmos explicar o inexplicável – que sábio conselho Julieta! – A não falarmos mais do que o necessário. Saber manter o silêncio é uma virtude espiritual.

Como quando não temos nada para dizer, podemos manter o silêncio. Ou ir buscar o livro da J. e recitar alguns textos do belo poema que ela nos ofereceu com a Ilusão da Minha Culpa.

E passo a citar: “ o curador não cura. O curador activa no paciente, a vontade de se curar a si mesmo. É o paciente que se cura a si mesmo, com a ferramenta fornecida”. Mas que grande responsabilidade para nós, sabermos que somos os nossos próprios curadores. Que temos o poder de nos pormos doentes e de nos curarmos. Então que fazer aquela mentalidade em que: o médico é que trata do meu corpo. O meu marido é que trata do meu coração; é que o maltrata, quantas vezes () …. o meu mestre espiritual, padre, sacerdote, é que é O responsável pelo progresso da minha alma. A J. Desperta-nos e diz-nos: tu és o primeiro responsável pelo vazio do teu coração, pelo teu corpo, pela tua evolução espiritual. E não se esqueçam de que Deus ajuda quem se ajuda a si mesmo. Porquê? Porque quando finalmente começamos a querer fazer algo mais da nossa vida, começamos finalmente a dar espaço a Deus, para agir em nós.

O GRANDE MANDAMENTO DE CRISTO: Ama ao Senhor teu Deus acima de todas as coisas e aos outros como a ti mesmo. A mensagem espiritual mais poderosa, e simultaneamente a mais simples, mas que parece ser ainda a mais difícil. Este mandamento é o tema deste livro, pois todo ele é um poema da Alma, para o Amor Divino.

E o voltarmos à mensagem do Amor, significa que conseguimos fazer dentro de nós a alquimia do ser, transformando a profunda solidão, o medo, a angustia de não saber como vai ser, em confiança renovada no mistério e no Milagre desta Vida que nos cabe viver com dignidade.

Sinto neste livro, a maturidade de uma pessoa que aprendeu a transcender o infortúnio, de alguém que soube transformar a crise numa oportunidade para adquirir sabedoria DE VIDA, TORNANDO-SE UMA FONTE DE INSPIRAÇÂO para quem a quiser escutar nos ensinamentos do seu livro!

Senhoras e Senhores, a Julieta conseguiu! Minha querida Julieta, VOCÊ conseguiu! ! PARABENS JULIETA! !

PALMAS….

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